segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Presentes e Presenças




Foi um ano duro! E vocês leram muitas confissões por aqui. Teve de tudo: medo, stresse, frustração. Mas no final, ele teve um saldo positivo e compensador!
 Nesse ano, ganhei muitos presentes, e muitas preseças também.
Havia pelo menos 12 anos que não via meus parentes (quase) paulistanos. Cheguei aqui um mês atrás e mergulhei no amor de todos.   Posso dizer que recebi (e ainda estou recebendo) todo o amor do mundo!
Foi um mês de curtir as presenças que a vida me trouxe de volta. E também de correr atrás do presente que será responsável pelo meu futuro.
Um dia antes do natal ele chegou: Saiu o resultado final, e eu fui aprovada  em primeiro lugar no Programa de Aprimoramento Profissional do Hospital Emilio Ribas, em São Paulo.
Por hora fico por aqui, mas volto em breve com um post decente.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Dia de Balanço



... Depois de todas as tempestades e naufrágios o que fica de mim e em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro"
                               Caio Fernando Abreu

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Dia frio. Ótimo para pensar na vida e refletir. Felizmente, o saldo do balanço não é simplesmente bom. É ótimo!!!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Eu Passei!

Como quase ninguém leu o mega post abaixo, comunico a todos que passei na primeira etapa da seleção! Semana que vem, faço a segunda etapa.Fui!

O Resultado

Ontem São Paulo levou o maior desacerto (gíria tipicamente pernambucana) por parte de São Pedro. Deve ter rolado uma briguinha entre eles lá em cima, e acabou sobrando pra galera aqui de baixo!

O dia amanheceu alagado, engarrafado (gíria que o povo daqui não sabe o que significa) e com recomendação por parte da prefeitura de que as pessoas evitassem sair de casa.

Coincidentemente, foi nesse dia de caos que saiu o resultado da primeira etapa da seleção. Acordei, quase sem ter dormido de tanta ansiedade e não dava pra ir a lugar nenhum.

Passei a manhã inquieta.  Namorado liga de Recife, dizendo que lá ta um sol de lascar. Tia fala diretamente de Mossoró/RN dizendo que lá também tá um sol de lascar. E eu por aqui, lascada de frio!

Por volta do meio dia ligo pra tentar saber do resultado, apesar de lembrar que era regra do concurso não dar resultados por telefone. Mas como a situação era de caos, não me custava tentar. Resposta negativa. Paulistas são muito Caxias, puxa!

Lá pelas duas da tarde, com o tempo um pouquinho melhor, resolvo ir lá. Afinal, não dormir envelhece e ansiedade ídem e se não soubesse do resultado seria outra noite mal dormida.

Mesmo contra a vontade da parentada (essa eu conto depois), saio de casa. Pego um bus, desço no Jabaguara, pego um metrô, desço no Paraiso (que legal!) e pego outro metrô pra descer na estação Clínicas e pronto! Até que foi fácil, apenas uma hora e meia, e sem trânsito, pois as pessoas normais estavam em casa.

Cheguei no hospital com o coração na boca. Tão nervosa que não vi a lista. Lá vai o homem me mostrar. Eu olho pro primeiro nome e não é o meu. Começo a chorar. Pensava eu, que a lista seria em ordem alfabética. Não era. Era pelo número de inscrição, e como eu fui uma das últimas, meu nome era um dos últimos, lógico. Quando vi o nome lá, o choro veio com vontade. O homem não entendeu nada!

Sai de lá chorando feito uma bezerra desmamada. Na saida ia levando o crachá de visitante. Fiquei meio abestalhada, confesso!

Cheguei na estação Clínicas pra começar o caminho de volta. Reparoque a entrada está cheia de poesias coladas nas paredes. Começo a ler pra dar tempo da ficha cair. E me deparo com Mar Português do Fernando Pessoa. Mais choro.

Começo a ligar pro povo, para dar a boa notícia: Parentes paulistas vibram. Namorado com celular desligado. Buáá! Mando torpedo pro melhor amigo e ele me liga na hora. Atendo, mesmo pagando uma fortuna de deslocamento!

Mais uma hora e meia e estou em casa sã e salva, para alegria dos parentes paulistas.

Namorado manda torpedo me dando parabéns. Ainda bem!

A Ita também liga, mas o skype tava ruim. Que chato!

 Chegaram mais parentes. Ligamos pra Recife e comemos pizza. E viva eu!

                                                              ***

Pessoas, passei na primeira fase da seleção para o Programa Aprimoramento Profissional do Hospital Emílio Ribas, referência em infectologia no Brasil. E o que é melhor: Em primeiro lugar! Quem me conhece, sabe o quanto foi duro pra chegar até aqui. Por isso tanto choro, dessa vez de alegria, muita alegria! Ainda resta mais duas fases, mas estou confiante.
Não sei se vocês repararam, mas acabei perdendo o sono do mesmo jeito!

                                                   ****
Pra terminar, a poesia do Pessoa:

 Mar Português

Ó mar salgado, quanto do teu sal


São lágrimas de Portugal!

Por te cruzarmos, quantas mães choraram,

Quantos filhos em vão rezaram!



Quantas noivas ficaram por casar

Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena


Se a alma não é pequena.



Quem quer passar além do Bojador


Tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu,

Mas nele é que espelhou o céu.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Fim da Ausência

Eu sumi, não dei notícias. Dei apenas uma breve satisfação de que estaria em Sampa, lugar que convenhamos e um mundo... Estive em lugar incerto e não sabido de vocês. Mas agora estou de volta ao mundo dos blogs.


Estou em São Paulo há quase duas semanas. Não conhecia a cidade -Apesar de já ter andado meio Brasil, cheguei até o Rio de Janeiro apenas.


Estranhei as distâncias. Tudo é longe. Mas me apaixonei pela cidade que não para nunca. Onde tudo tem pressa de acontecer.


 Resta explicar melhor o que vim fazer aqui. Eu digo: Uns dois meses atrás, vi o edital de uma pós graduação numa área que me interessa muito. Só que a minha falta de grana não permitia... Acontece, que quando Deus quer, ele quer e ponto. Comecei a estudar para prova, meio sem querer querendo.
Faltando uma semana pro prazo de inscrição acabar, rolou uma super promoção de passagens! Corri feito louca. Mobilizei meio mundo, reuni a documentação e me inscrevi aos quarenta e cinco do segundo tempo.

E viva as passagens aéreas de 99 reausss! Foi graças a elas que estou aqui.

Estudei pra caramba. Fiz a prova, e agora estou esperando o resultado. Sai dia 08/12. Se passar nessa etapa, ainda terei uma entrevista e análise de curriculo. Mas a prova, pra mim foi a parte mais difícil.

Agora só resta esperar. Torçam por mim, please!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

DAS UTOPIAS...



Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos se não fora
A mágica presença das estrelas!



                                                Mário Quintana

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Eu tinha um sonho. Um sonho bastante fácil de realizar pra alguns. Mas pra mim, era bem distante. Acontece, que as estrelas também são cadentes. Uma estrela está caindo bem em cima de mim, sem eu esperar! E semana que vem a estas horas, estarei em São Paulo pra correr  atrás do meu sonho. Perdoem a ausência por essas bandas, mas os preparativos da viagem, e os estudos não me deixaram aportar por aqui nos últimos dias... Em breve, conto as novidades. Torçam por mim!



segunda-feira, 2 de novembro de 2009





Há o momento em que a pedra fura depois de tanto a água bater.
É longo e árduo o trabalho da água.
Mas é constante e exato.
Para o bem ou para o mal, também é constante e exato a água que bate na pedra coração e rega os sentimentos.
A água do desamor uma hora faz brotar a mágoa.
A água do amor, uma hora faz brotar o amor!

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E o dia nasce feliz ao som de Chico Buarque!

sábado, 31 de outubro de 2009

Discriminação no ENEM

O Mundo em Movimentos pintou meio que por acaso, me apaixonei logo de cara pela escrita do Sérgio Coutinho e por suas notícias. Hoje, uma delas me deixou bastante indignada: o caso de um rapaz portador de paralisia cerebral que está sendo impedido de prestar o ENEM por usar um computador como "único"  meio para interagir com o mundo! Estou reproduzindo a reportagem na íntegra como o Sérgio fez pois é um caso muito sério. Leiam e protestem também, please!!!


Após cursar o técnico de informática e os ensinos fundamental e médio utilizando um computador adaptado como meio de comunicação, o programador Guilherme Finotti, 17 anos, portador de paralisia cerebral, está impedido de usar o equipamento na prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Com a intenção de prestar vestibular no final do ano, a não realização da prova impedirá o jovem de pleitear vaga nas universidades que adotarem o exame como ferramenta de seleção, além de acabar com a chance de concessão de bolsa de estudos.
Desde maio, a mãe de Guilherme, Eunice Finotti, está tentando a inclusão do filho na prova, porém a última resposta que obteve do Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) é de que apenas poderiam ser disponibilizados recursos como auxílio de fonoaudióloga para transcrição e uma hora a mais de tempo, não sendo possível o uso de equipamentos eletrônicos.
Segundo a professora do laboratório de inclusão e ergonomia da Feevale, Regina de Oliveira Heidrich, que desenvolveu as adaptações no computador e trabalha com o jovem desde 1998, a proposta de acompanhamento de uma fonoaudióloga demonstra a ignorância em relação a um problema de comunicação de um paralisado cerebral.
“Embora tenha o cognitivo totalmente preservado, o Guilherme não fala nem caminha, e apresenta movimentos involuntários. Trabalho com ele desde que tinha cinco anos e ainda tenho dificuldades de entender o que tenta falar. Estão identificando fraude quando o que queremos é apenas um computador que tenha a prova do Enem e um editor de texto” Regina analisa.
Em relação à proibição de utilizar o computador na prova, Finotti escreveu que se sente como um cidadão digno sem direito de crescer na vida. “Sou jovem e quero fazer o Enem com o meu lápis, que é o meu computador. Estou sendo tratado como se apenas quisesse brincar no exame”, enfatizou.
As adaptações consistem em um mouse especial e uma máscara do teclado, denominada colméia. Através delas são reduzidas as dificuldades de coordenação motora, como o fato de esbarrar nas teclas devido aos movimentos involuntários. O rapaz começou a utilizar o equipamento ainda na pré-escola, quando a professora Regina tomou conhecimento do caso.
“Após retornar de um mestrado em São Paulo, onde trabalhei com crianças da Apae, estava disposta a realizar a pesquisa do doutorado nesta área. Fui apresentada ao Guilherme, realizei alguns testes e constatei que realmente o intelecto não havia sofrido danos. Fiz alguns aprimoramentos na colméia do teclado, ele passou a freqüentar a escola com o auxílio do computador e desde então acompanho o seu desenvolvimento. É um aluno inteligente, com notas acima da média do restante da turma”, destaca Regina.
Tanto o curso técnico como os ensinos médio e fundamental foram cursados em escola inclusivas, com alunos com e sem necessidades especiais. “Nunca senti preconceitos, mas isso é algo que não me atinge”, declara Finotti quando questionado sobre a convivência com os colegas e professores.
Na opinião da professora, muitos paralisados cerebrais estão em instituições de educação especial por preconceitos e problemas motores, sendo a informática um forte fator de apoio para inclusão educativa. Para ela o principal problema está na falta de informação e formação de professores no ensino regular, para que possam dar a assistência necessária aos alunos em suas aulas.
“Conheço vários paralisados cerebrais que se alfabetizaram sozinhos ou com apoio da família, pois nunca foram aceitos na escola. Há o caso de um aluno bem incluído no ensino médio e que quando foi cursar a faculdade não tinha sequer ajuda para ligar seu notebook, sendo completamente ignorado. Essas questões são muito sérias, não se pode incluir sem ter o conhecimento de como é trabalhar com essas pessoas”, relata a professora.
Além de freqüentar as aulas do terceiro ano do ensino médio, que deve conclui no final do ano, o jovem também é bolsista de iniciação científica Jr. no Projeto Design Inclusivo Utilizando TIC´S (Tecnologias de Informação e Comunicação) Aplicadas à Educação, desenvolvido por Regina.
Como bolsista, duas vezes por semana o programador estuda e desenvolve tecnologias assistivas, softwares e hardwares voltados a pessoas com necessidades educacionais especiais. Entre seus projetos, destaca-se um jogo para alfabetização de crianças com paralisia cerebral, ainda em fase de testes.
Se tudo der certo e Finotti conseguir realizar o Enem, o próximo objetivo é pleitear uma bolsa nos cursos de Jogos Digitais, Sistemas para Internet ou Ciência da Computação. “Acho que escolhi essa área pelo fato de o computador ser quase meu ‘quinto membro’. Lembro que infernizei muito minha mãe para me matricular no técnico. Nunca imaginei que fosse me apaixonar pela área, o curso foi a melhor coisa que fiz na vida”, conclui.
No que depender do mercado de trabalho, o jovem tem tudo para conseguir uma boa colocação. Só no Baguete, por exemplo, nos últimos dois anos foram anunciadas mais de 300 vagas destinadas aos portadores de necessidades especiais, isso apenas na área de informática.
Desde 1991, a Lei de Cotas (nº 8.213) determina que todas as empresas brasileiras com mais de cem funcionários devem ter de 2% a 5% de deficientes contratados no seu quadro de funcionários. Assim, o mesmo governo que garante oportunidade no mercado de trabalho para os portadores de necessidades especiais, impede o jovem Guilherme de buscar qualificação.
“A demanda por profissionais portadores de necessidades especiais é muito maior do que a oferta. Há punições para a empresa que não preenche a cotas de deficientes prevista em lei, mas como os anúncios são realizados e as vagas não são preenchidas, fica comprovada a falta de pessoal qualificado”, revela Giovana Strano, diretora da TI Works, empresa gestora de recursos humanos focada em TI.
De acordo com informações do Departamento de Neurologia Infantil da USP, a incidência de casos de paralisia cerebral em países em desenvolvimento como o Brasil pode alcançar até sete para cada mil nascidos vivos, em contraposição a dois em cada mil nos países desenvolvidos. Outros estudos citam a estimativa de 30 a 40 mil novos casos por ano no país.

Proteste contra essa injustiça, mande um e-mail para: faleconosco@inep.gov.br.

Carinho em forma de selinho...




Adoro receber selinhos!
A Drika, que escreve sobre cozinha, me ofereceu logo dois.
O primeiro selinho veio com um quiz  sobre um tema que tem tudo a ver comigo, então, tentei responder. Pois em se tratando de paixão, o tema é vasto! Lá vai...

O que te apaixona quando o assunto é :

1. Internet: Blogs e notícias.

2. Pessoas: O Verbo e o Olhar.Teve um bom papo me conquista. Um olhar profundo, ídem, os olhos dizem tudo!

3. Vestuário: Jeans, camiseta, All Star e um vestidinho pra variar de vez em quando.

4. Cosmético: Hidratante,  perfume e sabonetes.


5. Comida: Japonesa!

6.Hobbies:  Livros, a leitura me acalma, alimenta meus sonhos e minha alma.


Prefiro não oferecer, quem quiser pode pegar!

Mas gostaria de saber: O que desperta sua paixão?



sábado, 24 de outubro de 2009

Procura-se...



E alguém ai me diga como é que eu posso estar cansada e estressada?
Alguém que está sem fazer nada não deveria estar cansado, certo? Errado!
O desemprego estressa e cansa.. Mandar milhões de curriculos pra e-mails de seleção estressa...
A expectativa, a demora, a falta de resposta, tudo isso faz você cansar e estressar!
Preciso de férias disso tudo, do desemprego principalmente.
Preciso tirar férias numa cidade chamada trabalho, urgentemente!
Ao contrário de milhões de pessoas, eu descanso enquanto trabalho. Trabalhar me dá um prazer inexplicável (pra maioria!) e me relaxa...
É contraditório, mas é a pura verdade.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O Texto da Thaynná

 Quando li esse texto no Sucrilhos e Neuroses, blog super simpático, que tem uma dona tão simpática quanto, fiquei realmente apaixonada por ele. Mandei um e-mail na hora pedindo pra publicar, aqui. Pedido que foi prontamente aceito. Espero que vocês também gostem.

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Planos


Thayná Monteiro Gripp




'Pra quê manter os pés no chão

Se todo mundo quer voar?'

E sempre tem um frustrado que te critica quando você diz que vai fazer doutorado em Paris, que vai passar a lua de mel na China, que vai se casar, que vai fazer aquele curso para o qual tem vocação, não o que paga melhor.

Sempre tem algum frustrado pra criticar os contos de fada, pra falar mal de amores românticos, pra dizer que sonho não alimenta barriga.

Não alimenta. É fato.

Mas o sonho alimenta a alma. Mata a sede, a fome, a vontade de vida.

Quem não sonha, não tira os pés do chão, morre.

Aos poucos. O que pra mim é a pior morte.

Já falei aqui sobre o Homem de Lata do Mágico de Oz, é um bom personagem. Uma boa metáfora. Como aquela do homem que enterrou os sonhos em um baú, com medo de que eles não se realizassem e ele se frustrasse.

E dá pra viver sem sonhar?

Nunca consegui.

Sou o tipo utópica, romântica, sonhadora. Acho que nasci assim.

Já tomei tanto tranco da vida por isso, mas já fui feliz em tantas situações que não teria sido se tivesse ficado de coadjuvante da minha própria vida.

Pra mim existem dois tipos de pessoas: os astrônomos e os astronautas.

Os do primeiro time sonham com estrelas, mas se debruçam em cima de cálculos e fórmulas, porque sabem os riscos de conhecer pessoalmente aquilo tudo.

Os astronautas arriscam a vida no espaço. Partem para uma viagem sem saber ao certo se vão chegar. Eles são apaixonados pelas estrelas, assim como os primeiros, mas para eles não basta ouvir falar, não basta estudar sobre. Eles têm que sentir.

Assim somos com tudo. Preciso dizer que sou astronauta?

Eu tiro os pés do chão, aliás, é difícil achar um instante em que eu esteja com os dois pés bem fincados.

Eu não tenho medo de sonhar, não tenho medo de me frustrar, porque melhor sofrer por não ter realizado, do que sofrer por não ter perspectiva.

Eu vivo na expectativa da realização.

Porque eu acredito em um Deus que realiza milagres e sonhos.
E não é só isso.

Eu acredito no poder que esse Deus me deu de realizar tudo aquilo que eu quiser, que for para a honra e glória dele.

A minha felicidade, sou eu que planto. Semeio aos poucos, às vezes em solo infértil. Desperdiço semente, mas não a chance.

A vida é pequena e única.


Pra quê fingir que não sonho, que sou exata, calculista?

No fundo, o sonho do astrônomo é estar onde o astronauta está.

O que lhe falta é coragem.

O que me sobra é vontade de ser feliz, essa coragem do 'tudo ou nada'.

Eu ainda vou voar, vou planar.

Porque plano, nada mais é do que algo que está ali, voando...

Os meus planos têm companhia. A minha, eu vivo planando por aí.


Se um dia eu cair e você achar graça, não faz mal, ao menos eu senti o vento, eu vi as estrelas mais de perto e eu sei de algo que você nunca saberá.

A graça de estar planando sem medo de cair.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Fátima Irene Pinto

Eu já andava injuriada com a prova do concurso que fiz no domingo. Achei a prova muito mal elaborada no todo.
Fiquei ainda mais, quando a Ita deixou um comentário avisando que o texto que eu postei não era do Chico, e sim da  Fátima Irene Pinto.
Quem fez a prova, deveria ter se dado ao trabalho de pelo menos verificar a autoria do texto em que se baseou pra elaborar as questões!
Só me resta pedir desculpas pela falha!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O texto que não era do Chico



SOLIDÃO
Fátima Irene Pinto



Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência.

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar.... Isto é saudade.

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio.

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a
nossa vida... Isto é um princípio da natureza...

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância.

Solidão é muito mais do que isto.

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Eu acreditava...


Ainda em lua de mel com o twitter, no dia da criança participei de uma brincadeira bem legal, que foi twitar no que você acreditava quando era criança. Acabei lembrando de um monte de coisa. E como muita gente não transita por lá, resolvi botar aqui, com a vantagem de ser menos sintética.

Eu acreditava que as crianças eram "dadas" na maternidade para as mães.Simplesmente  elas iam lá, e a Dona Cegonha entregava o bebê embrulhado num pacote!

Acreditei nisso até uns quatro anos. Pois depois eu comecei a reparar na barriga, e como eu questionava tudo, os adultos me disseram que as mulheres iam no hospital, abriam a barriga e tinham os bêbes. Simples assim!

Como dizia um personagem antigo do Jô Soares: Eu acrediteiiiiii!!!

Um belo dia, aos sete anos, uma amiguinha da escola me falou que não era beeeem assim, e me explicou da pior forma de onde realmente vinham ( a maioria) dos bêbes. E eu passei o primeiro recibo de otária que consigo me lembrar. Anos e anos de terapia pra curar esse processo!

Eu também acreditei por muito tempo que o Mário Lago era irmão do meu avô Antonio. Eles eram muito parecidos, e eu achava que todas as pessoas fisicamente parecidas eram aparentadas de alguma forma. Pior foi que eu contei essa minha desconfiança e expus essa teoria doida pra escola inteira. Recibo de otária número 2.

Nessa eu não só acreditava, eu tinha certeza (absoluta) de que seria cantora de discoteca quando crescesse! E pra piorar eu era fã da Gretchen (ai ai ai!!!). Ainda bem que nesse tempo ela não tinha virado atriz pornô.

Agora a última, e que eu acabei desacreditando da pior forma: Eu achava que os personagens da TV moravam dentro do aparelho. Que era só tirar a tela e pular pra dentro do mundo encantado!

Um belo dia, aproveitando a distração dos adultos, pequei um utensilio de cozinha que se usava pra lavar mamadeiras e improvisei uma chave de fenda com o cabo  pra tentar desencaixar a tela da tv. Era um aparelho com imagem preto e branco e móvel de madeira.

No que enfiei o cabo, que era de metal, levei um tremendo choque! A sorte foi que fui jogada a uns dois metros de distância, senão, não estaria aqui pra contar...

Depois de escrever o parágrafo acima, me dou conta de que eu não fui uma criança fácil! Nesse episódio da tv eu tinha apenas 3 anos... Bom, depois dessa, eu não gostaria de estar na pele dos adultos que me criaram.

E vocês ai, no que acreditavam e o que aprontaram?

domingo, 11 de outubro de 2009

Olhar de Criança



No carnaval, a igreja que minha irmã n° 2 frequenta, promoveu um retiro espiritual. Ela que é mãezona em tempo integral, além de levar os dois dela, ainda levou nossa sobrinha n° 3 (que é filha do meu irmão) e mais uma outra sobrinha da parte do marido. Na volta escutei a descrição do evento na versão da Mimi , a n°3  (que pra quem não sabe é a mesma que começou a nascer os dentes no dia da colação de grau), ai vai:


"M A R A !!!!!"  ( Tradução: Maravilhoso), tia!!!

"Foi T U U U D O DE BOM!!!!..."  -  O sorriso de orelha a orelha confimando as palavras.

Diante dessa descrição entusiasmada, eu fiquei até com vontade de ter ido.

Dias depois, aparece minha irmã lá em casa, ai eu pergunto como havia sido o famoso retiro:

"Nem me fala, a estrutura da casa era péssima, choveu o tempo inteiro... "

Pra Mimi, do alto dos seus oito anos, o que valeu foi a diversão, os amiguinhos que ela fez, os momentos na praia e na piscina, o campeonato de dominó que ela "quase" ganhou, os cultos em que ela se esbaldou de dançar na hora do louvor...

Pouca importância teve o fato de sobrar goteira e faltar água na torneira (ui!!!).

Moral da estória: Nada melhor do que um olhar infantil pra enxergar a vida com mais leveza.

Essa foi uma das melhores lições que tive ultimamente. E ainda tem gente que acha que criança não tem nada a ensinar.

De agora em diante, vou procurar olhar a vida um pouco mais pelos olhos de Mimi.


Ps. Em homenagem ao dia da criança mudei meu avatar em todas as redes sociais e nos perfis dos blogs. Na foto abaixo estou com 1 aninho.




sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Twitando

"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é!"

Estou aproveitando o momento (delicioso) de ser  quem sou!

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Depois de anos (séculos!) como projeto de Assistente Social. Agora eu sou! Pode parecer uma bobagem, mas pra mim, não mesmo.

Esta semana, participei do II Fórum Pernambucano de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência: construindo direitos. Onde foi discutida a nova política de saúde dessa categoria a ser implementada no estado.

Fui escolhida como apresentadora do meu grupo de trabalho. Aceitei sem saber como seria. Pensei que sera só chegar lá na frente, ler o que havia sido proposto e pronto.

Surpresa: Era pra fazer uma espécie de defesa.

E lá fui eu, junto com os outros representantes, fazer a defesa do que foi proposto pelos  nossos respectivos grupos.

Durante uma manhã inteira pra uma platéia de mais ou menos duzentas pessoas, euzinha aqui, ficou sentada lá na frente . Detalhe: Eu geralmente "travo" numas dessas. Agora aguentei o tranco direitinho! Qualquer dia posto aqui uma das minhas travadas monumentais, prometo.

Tô virando gente grande.

Ps. Botei acento em delicioso. Oi??? Cadê as lamparinas do meu juizo?

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Twiter

Eu relutei.  Achava um troço meio sem sal, confesso!
Mas a vida muda, a gente muda e eu aportei por lá.
Ainda não sei se é pra ficar...
Sigam- me: www.twitter.com/adricalabria

sábado, 3 de outubro de 2009




O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. 
O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar.
 

Drummond

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Aproveitando que estou lendo Drummond, e me deliciando, deixo aqui um pedacinho pra vocês.


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A dor da tatuagem



Dizem que tatuar dói pra caramba.
Minha prima (uma delas,devo ter mais de150! ) quis dar um piti básico na hora em que começou a fazer uma.
O tatuador, grosso como ele só, acabou com o baile antes mesmo dele começar  disparando a seguinte frase: "Segure a sua onda, minha irmã!".
Ela engoliu o choro e os soluços na hora.  Santo remédio.
Bom, isso tem, e ao mesmo tempo não tem, nada a ver com que quero dizer.
Mas lembrando desse episódio, lembrei também daquelas coisas que se  faz, ou que se deixa de fazer na vida,  e que marcam tanto quanto uma tatoo. A diferença é que na vida a dor da tatuagem na maioria das vezes não vem na hora, vem depois. E dependendo do caso, pode doer por um bom tempo, e marcar pra sempre, como uma tatuagem.
Nada pior que coisa mal resolvida. Culpa e arrependimento são a dupla dinâmica da tal dor da tatuagem. Pra conviver com esses dois, tem de segurar a onda mesmo!
Pena, que nem sempre a gente escolha, como escolhe fazer ou não uma tatuagem. E só com a vida a gente vai aprendendo a se livrar das possíveis culpas e arrependimentos futuros.
Célebre frase que todo mundo já ouviu: "Com o tempo você aprende".
Mesmo assim nem sempre vai dar pra se livrar.
E o que não der pra se livrar, só resta segurar a onda, aguentar a dor, e conviver com a marca, feito tatuagem.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Niver



Hoje, Deus me deu de presente um dia de sol maravilhoso, com um céu azul de perder o fôlego!
Deus me lembrou, da forma mais simples e mais bela, que a vida é pra ser comemorada a cada dia.

E assim, estou tendo um feliz aniversário!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Conselho de Amigo

Eu e meu amigo alex teclando no msn:

Alex: Tá fazendo o que?
Eu: Cadastrando CV.
Alex: Arruma um marido que é mais fácil!!!

Sem comentários.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Faxina



Está declarado o tempo de  faxina em território adriático!
Aproveitando que o niver está próximo, e é a época mais lugar comum para mudanças de vida.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009



Um dia de chuva é tão belo quanto um dia de sol.
Ambos existem, cada um como é.

Fernando Pessoa, sob o heterônimo Augusto Caeiro

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Música colada aos ouvidos: O Pastor, Madredeus.

domingo, 20 de setembro de 2009

A herança



Além das lembranças (boas e más) quem um dia foi casado no papel vai ter que carregar pra sempre outra "herança". E nem adianta reclamar!

Você pode até, ter tomado um chá, pra esquecer até do nome da figurinha com quem você um dia jurou amor eterno, e cujo desfecho não foi tão terno assim. Mas a lei não vai te deixar esquecer.

Acabo de descobrir isso. Pois precisei da certidão do divórcio.

Chego no cartório, dou o meu nome e peço a certidão:

O homem do cartório olha pra mim, como se eu fosse um ET, e diz:
-" Como é o nome do seu marido?"
-"Não é marido, é EX marido!"- Respondo.
-"Mesmo assim, senhora. A busca só pode ser feita pelo nome do marido".

Como assim cara pálida , quer dizer que eu não posso usar meu própio nome pra bucar a "minha" certidão?    Não, não posso. A regra é que seja pelo nome do cônjuge "HOMEM".

 E eu, já puta da minha vida, sou obrigada a aceitar, afinal, não foi o homem do cartório quem fez a lei!

Ele vai lá, pega o livrão e acha o "assento" do evento. Traz pra que eu veja, e eu reconheço a minha assinatura.  Sim, eu um dia, há muito tempo atrás, assinei aquele livro crendo piamente que seria pra sempre!

O homem vai lá dentro e traz um formulário e um boleto.

Pra completar, o boleto com a taxa que precisava ser paga veio no nome do EX, também. Isso ai, foi o cúmulo do machismo. Eu paguei, mas pra todos os efeitos quem pagou foi ele. Apesar do dito cujo não pagar mais as minhas contas há séculos!

 Espero, sinceramente que um dia acabe esse machismo latente, que coloca nós mulheres sempre em posição subalterna. Dependentes do homem, até quando não dependem mais dele pra nada.

Não foi pra sempre o casamento. Mas será pra sempre a certidão com os nossos nomes misturados! Pelo menos isso, valerá pra nós dois.

Na hora, pensei em tirar uma segunda via do meu registro civil. Mas essa saida é contra a lei, segundo minha irmã futura advogada, consultada posteriormente.

Só me resta protestar por aqui.

 O estado civil "divorciada", eu não faço questão, declaro na boa. Só gostaria de ter minha certidão de nascimento de volta. E que futuramente, essa lei machista seja revista.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Definição

COMPLETAMENTE  Lisa.
MEIO louca,
e NADA lesa.

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O primeiro ítem em breve vai mudar. Os demais, não abro mão!

Ps. Lisa em nordestinês significa sem grana.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

All Star



Para noites de insonia nada melhor que música.
Estou aqui meio chorosa, lembrando de quando eu era uma menina de All Star azul.
Nessa época, eu sonhava bem mais colorido que hoje. Ser adulto não é fácil!
Por cinco minutos eu quis voltar no tempo. Agora tá passando.
Perdoem o momento down. Acho que depois de uma boa noite de sono eu melhoro.

Ps.: Não aposentei o All Star. Vou ficar velhinha usando.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Alerta 2


Ai está o vídeo da campanha de prevenção da aids que fiquei de postar. Espero que curtam!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Crônica de um dia de formatura

 Agora, depois de toda a maratona e de melhorar da gripe, estou curtindo a ótima sensação de dever cumprido. Mas o dia da formatura foi tudo, menos comum.

Duas coisas andavam indefinidas na minha família: Minha faculdade e os dentes definitivos da minha sobrinha número três.

Minha sobrinha está com quase nove anos. Ficou banguela por volta dos cinco e meio. Os dentes inferiores nasceram, mas os superiores (quase) deram xabu! O dentista mandou esperar. E nós esperamos sentados, depois deitados! E tocamos a esperar e nada...

No entanto, dia primeiro de setembro, vai ficar conhecido como o dia da solução das "causas impossivéis" da minha familia. O dia amanheceu com a primeira novidade: os dois dentões estavam a caminho ao mesmo tempo! Faltava apenas eu colar o grau.

Mas entre as oito da manhã e as oito da noite, muita coisa aconteceu. Pra começo de conversa eu estava gripada. Amanheci me sentindo tão mal que pensei que fosse H1N1. Mais de três dias de sintomas e nada de melhora.  Liguei pro hospital onde estagiei, e que é o de referência pra gripe aqui no estado, e lá me disseram que havia pouca chance de ser. Ufa!

O anel que usaria na formatura estava guardado na casa da  minha irmã número dois. O problema é que ela guardou tão bem, que não sabe onde (e até esta data, o bendito  encontra-se desaparecido) felizmente, uma vizinha enprestou outro e salvou a pátria.

Tive de abrir mão de fazer as unhas, pois minha manicure está grávida. Seria temeridade botar uma grávida em risco, já que eu não havia feito o exame da gripe.

Ir pro salão arrumar o cabelo com aquele mal estar nem pensar! Levanto por volta das cinco da tarde e vou tomar meu banho. Lavo meu cabelo pra dar escova em casa mesmo.  Quando acabo de sair do banho, falta luz!

Só me restou olhar pro céu e pedir: Jesus acende a luz! Mas não teve jeito.

Me vesti e fiquei esperando. Nada. Os formandos teriam de chegar as sete. As seis e meia fui embora pro teatro sem escova, sem chapinha e sem maquiagem.

Imaginem a cena: Eu em pé no hal do teatro me maquiando.

Pois foi assim mesmo. Pois pra terminar, os banheiros ainda estavam fechados.

O padrinho, meu querido amigo Bento, chegou em casa e não encontrou os sapatos. Ele havia esquecido na casa da mãe. Não dava tempo pra nada, o único sapato preto que havia eram as sapatilhas que ele usa pra brincar carnaval. Felizmente ele é um homem desencanado. Lá foi ele de terno, gravata e sapatilhas moleca!

Apesar de tudo, estive linda no meu longo inteiramente patrocinado.  Confesso que mal me aguentava em pé, mas nunca estive tão feliz! 

Tirei forças não sei de onde, mas consegui ficar na cerimônia até o fim. E ainda teve a imensa sessão de fotos.

Quase meia noite. Hora de voltar pra casa.  Depois de sermos parados por duas blitz, e do meu sobrinho vomitar o carro inteiro, chegamos em casa sãos e salvos!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Alerta



Esse é uma das campanhas pra AIDS mais legais que eu já vi. É super bem feita. Não tem nenhum diálogo nem mensagem falada, mas consegue dizer tudo.
Já postei lá no outro blog há muito tempo atrás.  Agora e resolvi postar aqui pra vocês.
A mensagem do filme é que não importa pra quem você entrega o coração, nem quanto tempo você vai demorar pra achar a pessoa certa.O que não pode,  é se deixar perder a razão, a ponto de deixar a camisinha de lado. Tem de se prevenir sempre!
Assistam e me contem depois.

Ps.: Depois posto a versão gay da campanha que também é ótima.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Tecendo a Manhã


 
1

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.

2

E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.

João Cabral de Melo Neto

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Esse poema fez parte ontem, do discurso de formatura dos alunos do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da UFPE, nos quais, euzinha me incluo. Finalmente, o dia da colação de grau chegou! Nele aconteceram tantas coisas que vale uma crônica, pois ele foi tudo menos comum. Volto depois.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Pelo Direito de Sumir II

Em março, escrevi um post defendendo o direito de sumir. Afinal, todos podem fazer o que quiser da própria vida, sumir inclusive!

Agora a vítima foi o Belchior. Que mal tem se a criatura resolveu dar o ninja? É um direito que lhe assiste não dar satisfação do que faz, já que ele é maior de idade e vacinado! Ou não?

Vai que a criatura tava de saco cheio da vida e por isso resolveu chutar o pau da barraca. O que é que o resto do mundo tem a ver com isso?

Sim, ele é uma figura pública. Mas quem sumiu foi ele, sua obra continua tocando nas rádios. Caso ele não faça mais nada daqui pra frente, o que ele produziu já está de bom tamanho.

A Globo sacrificou a paz do homem em nome de um bom IBOPE, já que sumido, sumido mesmo, ele não estava. Pois onde já se viu sumido aparecer em evento público como ele apareceu?

Agora só resta ao Belchior usar a letra de Comentários a Respeito de John em seu favor:"Saia do meu caminho/Eu prefiro andar sozinho/Deixem que eu decida a minha vida..."

PS.: E ainda no clima do post anterior descubro o "bem" dessa estória toda: A galera que nunca ouviu falar de Belchior agora lota o You Tube pra ouvir as músicas. Descobri isso agora, quando fui pesquisar um vídeo pra botar aqui.




domingo, 30 de agosto de 2009

O " bem" de todas as coisas



"Todo mal, sempre traz um bem"
 Cresci ouvindo isso da minha sábia avó, que está quase chegando aos oitenta e cinco, e portanto, deve saber do que está falando.
De tanto ouvir, acabei incorporando. Mas as vezes, enxergar o "bem", nas coisas que nos acontecem de mal, leva um tempo (  E ai cabe mais uma frase: "O tempo é o remédio pra todos os males" - Mas falemos dessa em outro post) pois na hora do acontecido a sensação é de que aquilo é ruim e pronto!
Em janeiro levei ponto de corte num concurso. Fiquei muito chateada por ter sido numa matéria que eu havia estudado pra caramba.
De tão chateada nem olhei minha nota.
Mas volta e meia eu pensava: "Mas eu bem que podia ter sido classificada, por que não fui?"
Quando finalmente fui olhar minha pontuação tive uma surpresa: se não fosse o famoso ponto de corte, eu teria sido aprovada. Mais chateação!
Embora fosse na minha área, esse não era o empego dos meus sonhos. Mas o salário, esse sim, era!
Fiz sabendo que caso fosse aprovada não ficaria lá por muito tempo. Mesmo me consolando com isso meu recém adquirido orgulho ficou ferido. Ai!!!
O "bem", do qual tanto vovó fala, só veio aparecer meses depois: Os aprovados no concurso foram empossados em julho.
Oito alunos da UFPE, colaram grau antes pra conseguirem tomar posse. E eu, por conta do erro que aconteceu, não poderia assumir, mesmo que entrasse na justiça.
Foi ai que enxerguei o "bem".
 Imaginem vocês o que é estar completamente dura (que é como me encontro nesse momento) e ter que deixar passar um salário de quase quatro mil reais? Convenhamos: Ninguém merece!
Alguém ai pode até discordar, mas foi melhor assim.

Ps.: Putz! Esse bendito erro também me custou um emprego. Confesso, que ainda não consegui enxergar o bem nesse fato. Quando aparecer eu falo pra vocês.

domingo, 23 de agosto de 2009

O X da Paixão.

O que estive fazendo pra não ter terminado a faculdade em tempo hábil? Eu respondo: Vivendo uma paixão.
Tive e tenho que conviver com essa pergunta nos olhos e na boca das pessoas.
Se paixão fosse classificada com CID (Código Internacional de Doenças) talvez fosse mais fácil explicar que eu joguei minha vida pro alto por culpa dela.
Em muitos casos dá pra conciliar. No meu caso, não deu.

Eu não me arrependo do que vivi. Só me arrependo de ter aberto mão de coisas importantes. Mas tudo é aprendizado. Eu devia ter balanceado as coisas, mas não sabia fazer. Ainda estou aprendendo, mas é difícil.
Agora sei que não se pode abrir mão de tudo... Mas, só agora!

Ps.: Ainda com as lamparinas do juizo apagadas! 
Escrevi um esboço de post, e ao invés de salvar como rascunho, publiquei sem querer!  Fiz alguns ajustes e resolvi deixa-lo.

Uma Guerra em Poucas Linhas

Eu me formei, mas passei um mês inteiro "não formada".

Depois de ter ventilado o fato aos quatro ventos, descubro que havia cursado a disciplina errada!

Como assim cara pálida? Isso mesmo: A disciplina do "professor reprovador" não servia! Depois de ter virado dias e noites estudando, de arrancar os cabelos de puro desespero, e passar por milagre!- Detalhe, metade da turma ou desistiu ou foi reprovada- Eu teria de passar mais um semestre na faculdade fazendo a disciplina novamente, dessa vez no meu curso.

E agora que acabou mesmo, posso contar em resumidas linhas -caso eu consiga- a batalha que foi terminar essa faculdade.

A solução que me deram foi me matricular na disciplina certa, e priu!

Chorei de novo, me descabelei de novo! E o que é pior, perdi um emprego, pois não pude colar o grau em tempo, e a vaga não ia ficar me esperando.

Depois de um mês, deram um jeito de consertar o erro e me ligaram pra avisar. Foi o maior alívio da minha vida!

Mas o estrago estava feito, cai no maior desânimo. Bateu um cansaço imenso, que só agora me dou conta que é o cansaço de quem acabou de sair de uma guerra.

Nos últimos dois anos não fiz outra coisa a não ser me dedicar pra terminar o curso.
Senti na pele o que é ser um Dhalit, pois o sistema de castas numa universidade pública está ai pra quem quiser conhecer: depois que alguém perde um semestre - ou vários, como eu- o sistema não dá mais prioridade para o cidadão.

Resta se matricular nas vagas que sobram, e nem sempre elas sobram. E ainda viver rezando pra que os horários combinem pra poder cursar o maior número de disciplinas, coisa que quase nunca acontece.

Com todos esse fatores o tempo pra concluir acaba ficando bem maior. Foi o meu caso, pra terminar em dois anos deu trabalho!

E no fim de tudo, ainda ia pagar por um erro que foi apenas trinta por cento meu, que não prestei atenção e confiei nas coordenadoras do curso.

Deu tudo certo. Mas que cansou, cansou.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Pitty (Falou e disse!)




Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se
curam
E essa abstinência uma hora vai passar...


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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Só enriquece quem dá!

Ainda no ócio (que já virou tédio). Mas remoendo a frase acima.


Pensem nisso também.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ócio



Nos primeiros dias essa era a imagem e o sabor do ócio.
Agora, contrariando o Domenico de Masi a falta do que fazer está começando a afetar a minha criatividade.

sábado, 8 de agosto de 2009

Sobre escândalos e acomodação

Eu sei que é chover no molhado, que não adianta reclamar pois tudo vai acabar numa bela pizza etc etc etc...
Mas esse é um blog que se propõe a falar de tudo que todo mundo já falou, portanto eu tenho de meter minha colher, embora esse caldeirão esteja azedo.
A novela Escândalo é a mais longa em exibição na terra brasilis.E de tanto esticar já está chata de tão repetitiva.
Infelizmente,seja a direita, seja a esquerda, o centro ou o lado avesso, todo mundo já cometeu os mesmos erros!
Nada muda, eu sei. E o máximo que se faz em matéria de solução é apontar as falcatruas alheias...
O pior é ver que até quem sofreu na mão da ditadura em nome da democracia e da transparência acabou com o rabo preso.
E o que é pior, o mesmo homem que falou dos 300 picaretas no Congresso Nacional,hoje em dia se omite e prefere fechar os olhos diante da sujeira em nome de uma tal "governabilidade"! Putz! Como diz a menina na novela: é a treva!
E antes que alguém diga que eu sou de direita, vou logo dizendo que sou de esquerda, muito embora hoje, eu não tenha o menor orgulho disso.
Meu sonho acabou e meu mundo caiu quando vi a esquerda chegar ao poder nesse país e seguir os mesmos passos daqueles que criticaram a vida inteira.
Escrevo este post sobretudo pra mim mesma. Explico: De uns dias pra cá venho sentido uma grande inquietação e várias perguntas começaram a se formar e uma delas explodiu agora:
Onde é que estou diante de tudo isso?
Eu respondo: Aqui. Cansada, entediada, chateada, puta da vida mesmo com essa zona toda! Porém sem a menor vontade de fazer alguma coisa. Porque simplesmente estou cansada de nada mudar!
Um dia, faz muito tempo, eu estive na rua protestando e ajudando a colocar um presidente pra fora.
Entre aquela menina e a mulher de hoje algo se perdeu. E agorinha a pouco eu descobri o quê: a capacidade de me indignar.
E agora, que achei minha indignação, posso falar novamente: EU ESTOU INDIGNADA!
E vocês como estão?


Longo

Sim, eu sei que é pra evitar que a galera vá vestida de índio, leia-se pelado, na colação de grau.
Em sendo assim, pelo bem da ordem tem que haver regras. E até ai eu concordo.
Mas entre ter uma certa ordem, e obrigar todas as formandas a irem de vestido longo a diferença é bem grande.
E agora, onde arrumo um longo?
Acho que a saida é ir de curto. Em protesto e por pura falta de grana mesmo.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Seu olhar

E pensar que o homem começou com uma barata chamada Kafka e uma anã paraguaia chamada Adelaide!
Nada melhor que o tempo pra apagar esses "deslizes" da juventude...
Tô ficando velhinha! Eu escutava o Inimigos do Rei e adorava! Afinal, a baratinha tinha a sua graça. Faz tempo...
Hoje em dia o Paulinho Moska é um compositor de primeira!
Acabo gostando de tudo que ele faz.
Essa, é a paixão do momento. Postei aqui pra dividir com vocês.


sábado, 1 de agosto de 2009

Os agradecimentos do TCC





Esse foi o texto mais difícil que já escrevi na vida! Passei um mês tentando e ele só saiu na última meia hora antes de enviar. Agora olhando pra ele, vejo que não ficou tão mal, disse uns 70% do que eu gostaria de dizer, então atingi a média, né?

Resolvi publicar aqui porque o TCC foi entregue pra correção e de lá mesmo pegou o rumo da biblioteca da universidade. E assim também é mais fácil do que ter de enviar pra toda a minha lista de e-mails.

Eu não gosto de citar os nomes nesse espaço pra manter a minha privacidade e a das pessoas também. Só citei os que por terem uma vida pública, podem ser citados.

Ai está! Quem se considerar meu amigo, sinta-se homenageado. Bjsssss



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É sobre-humano amar
'cê sabe muito bem.
É sobre-humano amar, sentir, doer,
Gozar...
Ser feliz!

(...)

É sobre-humano viver,
E como não seria?

(...)

A vida leva e traz,
A vida faz e refaz...
Será que quer achar,
Sua expressão mais simples.


Mais Simples – José Miguel Wisnik


Tomo a liberdade de parafrasear Drummond no Poema de Sete Faces.

Quando eu nasci, um anjo também me disse que eu seria “gauche” na vida.

Na tradução do francês, gauche ( a pronuncia é gouchê) significa esquerdo. Na nossa cultura, esquerdo ou canhoto, é alguém não regular.

E posso afirmar, que em quase tudo nessa vida -com raras exceções- não fui uma pessoa regular.

Esse modo não muito linear, acabou por refletir na minha vida acadêmica. Por motivos outros, foram muitas as interrupções na minha graduação. A vida em certos momentos me fez parar, e seguir por outros caminhos.

No entanto, a paixão por essa profissão foi algo que nunca morreu. Mesmo tendo descoberto outros talentos e aptidões no decorrer da caminhada. Ser Assistente Social é um sonho muito esperado.

Em primeiro lugar agradeço a Deus, por nunca ter me abandonado em todos os desertos que atravessei. Mesmo quando não somos fiéis, Ele permanece fiel. Aleluia!

Entre os "terráqueos", devo começar meus agradecimentos pela professora Mônica Costa, então coordenadora do curso de Serviço Social, por todo o empenho em resolver o meu caso junto a PROACAD.

Agradeço também a professora Sheilla Nadíria, pela paciência, pelo carinho, pelas explicações, que me foram essenciais nesse retorno.

Minha eterna gratidão a Edilce Maria de Freitas, Assistente Social do Hospital Infantil Maria Lucinda, por ter me ensinado os primeiros passos no Serviço Social na Saúde. E nesse segundo momento, agradeço as Assistentes Sociais do HUOC (Hospital Universitário Oswaldo Cruz) pelo imenso aprendizado no decorrer do estágio na Oncologia Pediátrica, em especial as nossas técnicas: Gerlânia Barros e Soraya Cavalcanti.

Agradeço também a Miriam Fialho, Socióloga, que estuda a temática da disseminação do HIV em mulheres, e a Bethânia Cunha, do Programa Estadual de DST/AIDS - PE, por todos os ensinamentos no que diz respeito a prevenção de DSTs e AIDS. Área em que desenvolvo um trabalho de educação em saúde.

Agradeço aos meus pais, por toda a paciência nos meus erros (que não foram poucos) e acertos. À minha avó I* por todo amor e por todas as orações em meu favor.

Aos meus irmãos, sobrinhos, cunhada e cunhados por terem sido meu apoio. Pela torcida, por vibrarem com as minhas conquistas, pela saudade que sentiram de mim enquanto estive longe. E também a todo o restante das famílias: os Gomes e os Calábria, que mesmo não estando próximos fisicamente torcem e vibram com cada conquista minha.

J*, obrigada por ter me dado “a sorte de um amor tranqüilo”. Sua capacidade de amar tende ao infinito. Essa vitória e sua também.

Alessandra e Fernanda- Companheiras na construção desse TCC- vocês foram maravilhosas. Obrigada pela paciência.

Agradeço a Helena Chaves por toda a dedicação e esforço em nos orientar, mesmo com o tempo tão escasso por conta das inúmeras tarefas acumuladas como docente e coordenadora do Curso de Serviço Social.

Costumo dizer que quem tem amigos, nunca está só. Felizmente, estou longe de ser uma pessoa sozinha. Não caberia nesse espaço, caso fosse citar um a um os nomes de todo os que me ajudaram nesse percurso. Portanto meus amigos sintam-se agradecidos.

Pra finalizar, não poderia deixar de agradecer a alguém muito especial, que mais que meu amigo, em muitos momentos foi meu pai e minha mãe: Bento Rezende. Sem a sua ajuda, eu jamais teria chegado aqui. Nós dois sabemos o quanto foi difícil, você mais que todos os outros, por conhecer todos os meus avessos.

Adriana Calábria da Silva


domingo, 26 de julho de 2009

Canteiros



E deixemos de coisa,
cuidemos da vida
(!)
Senão chega a morte,
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida..


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Ainda no clima da perda, mas já um pouco melhor. Essa foi a frase do dia.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Luto

Saiba:
Todo mundo vai morrer
Presidente, general ou rei
Anglo-saxão ou muçulmano
Todo e qualquer ser humano

Arnaldo Antunes

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Saber, a gente sabe. Dificil é aceita-la.
Ela, a Dona Morte, não negocia.
Chega, leva e pronto.
Tô com raiva dela!
Tô cansada dela!
Ultimamente ela anda passeando demais na minha área.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Noves fora... Nada?

Vi a seguinte frase no msn de um amigo: Noves fora, nada!
Perguntei o motivo da frase tão amarga, pois foi o que achei logo de cara. Ele me falou, que na vida, independente da área, fazendo a prova dos nove, o que sobra é nada. Ai tive certeza, amargura pura.
Eu discordo totalmente. Mas sou otimista assumida. Ele, ao contrário de mim, é conhecido pelo alto grau de pessimismo no sangue.
Na vida, sempre há sobras. Pelo menos a experiência sempre sobra.
Eu até achei muito válido o exercicio do noves fora que ele faz. Vou fazer daqui pra frente, mesmo pensando diferente. No meu caso, quando o saldo for baixo vou saber que é hora de partir pra outra.
Muitas vezes, pouco ou nada sobra mesmo.
Nos casos de saldo zero ou negativo, o que resta é apenas a experiência adquirida, algo genérico e abstrato que o meu amigo não quer nem saber, mas que eu acho das coisas mais importantes na vida. Questão de ponto de vista.
Se torrou toda a grana que ganhou e só restou a dureza, paciência. Dinheiro vai, dinheiro vem... É bem melhor que ele sobre, mas se o caso não foi esse, melhor tirar proveito e aprender a poupar da próxima vez.
Algumas vezes, dependendo da situação, é preciso guardar as sobras por algum tempo, até se ter condições de olhar pra elas sem sofrer.
Outras vezes, o mal necessário é fazer o enterro das sobras junto com @ defunt@ ruim que já foi tarde...
O negócio é fazer do fim de algo, um renascimento. Independente do que tenha morrido, seja um amor, seja alguém, ou aquele emprego tão legal. É pegar o que sobrou, colocar na bagagem e seguir viagem.
Talvez eu esteja sendo meio Poliana, mas eu prefiro assim. Mas uma coisa eu garanto, conforta bem mais meu otimismo, do que o pessimismo árido do meu amigo.
Noves fora= Experiência!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Sobre a força da amizade



Esse blog não é confessionário. Mas de vez em quando, funciona como se fosse. E eu confesso, que em certas épocas não fui lá muito amiga dos meus amigos.
Tempos atrás, bastou uma "perninha de calça" pra eu ir embora e abandonar todos eles.
Três anos se passaram. Casamento acabado ( eu mais acabada ainda) volto com o rabinho entre as pernas.
Mas amigo é amigo, até quando você não é amiga deles - Pelo menos os que eu tenho. Fui perdoada.
Mais que isso, bem mais: Uma "corrente do bem" se formou em torno de mim.
Teve o amigo "ombro", que me escutou incansavelmente. Teve a amiga "articulada" que mexeu todos os seus pauzinhos em busca de um trabalho pra mim.
Teve quem chegou com uma grana na hora mais urgente. Teve quem bancasse a terapia...
Teve a "amiga médica", que me encontrou por acaso no hospital, na hora em que eu estava mais frágil, e mesmo não sendo sua obrigação, acompanhou todo o processo da minha cirurgia.
E como a vida não para, vieram novos amigos. Uns tantos nesses dois anos e pouco.
Vieram as Assistentes Sociais do hospital em que estagiei, que acabaram virando amigas, conselheiras, mães...
Teve também a professora, que virou amigona, e pacientemente parou pra me explicar, várias teorias que eu não entendia por conta do tempo fora da faculdade. As companheiras de estágio, com quem acabei construindo meu TCC...
Teve também, o ex ficante, que virou amigo, que me ligou todos os dias em que fiquei de molho. Gastou muitas horas , distraindo uma chata! Pois eu doente, sou insuportável.
E não posso esquecer dos virtuais, que em grande parte vieram por conta desse blog. Com alguns falo pelo msn, com outros troco e-mails, falo no telefone. Mesmo sem a presença fisica, a amizade está presente e veio pra ficar!
Eu posso não ter muita grana (nesse momento nenhuma, rsrsrsrsrs!), mas eu sou rica. Eu tenho amigos de verdade, coisa que toda a grana do mundo não pode comprar.
Muito obrigada meus amigos, se sou o que sou hoje, foi graças a força do amor de todos vocês.


PS.: A propósito, dia de amigo é todo dia!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Fera Ferida

Eu sei!
Que flores existiram
Mas que não resistiram
A vendavais constantes...





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Assisti ao DVD do show "As Canções que Você Fez Pra Mim, nesse fim de semana.
Por conta de alguns fatos, com a sensibilidade a flor da pele.
Chorei de lavar a alma!

Essa, foi a frase que ficou marcada.
Nada ruim, é apenas ruim. As flores sempre existem de alguma maneira. Assim é a vida...

sábado, 11 de julho de 2009

Conselho Matinal

O segredo da felicidade é memoria fraca e saúde boa.


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A vida tem sido pródiga em me dar bons e sábios amigos.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Pois é. Amanhã chegou, finalmente!
E tudo que você falou não tá mais falado.
E hoje, não olho pro chão. Olho bem firme, pra frente!
Chegou o momento, mas dispenso, de te cobrar com juros o sofrimento.
Tratei de desinventar a tristeza que você tornou verdadeira.
Estou tendo de volta em sorrisos cada lágrima rolada.
E o jardim que você disse que nem ia nascer, não só nasceu, mas floresceu.
E nem precisei pagar pra ver...
Meu dia raiou, mesmo sem sua licença,
E tudo virou poesia!
E a vida tratou de trazer de volta os meus dias. Apesar de você...