segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Pelo Direito de Sumir II

Em março, escrevi um post defendendo o direito de sumir. Afinal, todos podem fazer o que quiser da própria vida, sumir inclusive!

Agora a vítima foi o Belchior. Que mal tem se a criatura resolveu dar o ninja? É um direito que lhe assiste não dar satisfação do que faz, já que ele é maior de idade e vacinado! Ou não?

Vai que a criatura tava de saco cheio da vida e por isso resolveu chutar o pau da barraca. O que é que o resto do mundo tem a ver com isso?

Sim, ele é uma figura pública. Mas quem sumiu foi ele, sua obra continua tocando nas rádios. Caso ele não faça mais nada daqui pra frente, o que ele produziu já está de bom tamanho.

A Globo sacrificou a paz do homem em nome de um bom IBOPE, já que sumido, sumido mesmo, ele não estava. Pois onde já se viu sumido aparecer em evento público como ele apareceu?

Agora só resta ao Belchior usar a letra de Comentários a Respeito de John em seu favor:"Saia do meu caminho/Eu prefiro andar sozinho/Deixem que eu decida a minha vida..."

PS.: E ainda no clima do post anterior descubro o "bem" dessa estória toda: A galera que nunca ouviu falar de Belchior agora lota o You Tube pra ouvir as músicas. Descobri isso agora, quando fui pesquisar um vídeo pra botar aqui.




domingo, 30 de agosto de 2009

O " bem" de todas as coisas



"Todo mal, sempre traz um bem"
 Cresci ouvindo isso da minha sábia avó, que está quase chegando aos oitenta e cinco, e portanto, deve saber do que está falando.
De tanto ouvir, acabei incorporando. Mas as vezes, enxergar o "bem", nas coisas que nos acontecem de mal, leva um tempo (  E ai cabe mais uma frase: "O tempo é o remédio pra todos os males" - Mas falemos dessa em outro post) pois na hora do acontecido a sensação é de que aquilo é ruim e pronto!
Em janeiro levei ponto de corte num concurso. Fiquei muito chateada por ter sido numa matéria que eu havia estudado pra caramba.
De tão chateada nem olhei minha nota.
Mas volta e meia eu pensava: "Mas eu bem que podia ter sido classificada, por que não fui?"
Quando finalmente fui olhar minha pontuação tive uma surpresa: se não fosse o famoso ponto de corte, eu teria sido aprovada. Mais chateação!
Embora fosse na minha área, esse não era o empego dos meus sonhos. Mas o salário, esse sim, era!
Fiz sabendo que caso fosse aprovada não ficaria lá por muito tempo. Mesmo me consolando com isso meu recém adquirido orgulho ficou ferido. Ai!!!
O "bem", do qual tanto vovó fala, só veio aparecer meses depois: Os aprovados no concurso foram empossados em julho.
Oito alunos da UFPE, colaram grau antes pra conseguirem tomar posse. E eu, por conta do erro que aconteceu, não poderia assumir, mesmo que entrasse na justiça.
Foi ai que enxerguei o "bem".
 Imaginem vocês o que é estar completamente dura (que é como me encontro nesse momento) e ter que deixar passar um salário de quase quatro mil reais? Convenhamos: Ninguém merece!
Alguém ai pode até discordar, mas foi melhor assim.

Ps.: Putz! Esse bendito erro também me custou um emprego. Confesso, que ainda não consegui enxergar o bem nesse fato. Quando aparecer eu falo pra vocês.

domingo, 23 de agosto de 2009

O X da Paixão.

O que estive fazendo pra não ter terminado a faculdade em tempo hábil? Eu respondo: Vivendo uma paixão.
Tive e tenho que conviver com essa pergunta nos olhos e na boca das pessoas.
Se paixão fosse classificada com CID (Código Internacional de Doenças) talvez fosse mais fácil explicar que eu joguei minha vida pro alto por culpa dela.
Em muitos casos dá pra conciliar. No meu caso, não deu.

Eu não me arrependo do que vivi. Só me arrependo de ter aberto mão de coisas importantes. Mas tudo é aprendizado. Eu devia ter balanceado as coisas, mas não sabia fazer. Ainda estou aprendendo, mas é difícil.
Agora sei que não se pode abrir mão de tudo... Mas, só agora!

Ps.: Ainda com as lamparinas do juizo apagadas! 
Escrevi um esboço de post, e ao invés de salvar como rascunho, publiquei sem querer!  Fiz alguns ajustes e resolvi deixa-lo.

Uma Guerra em Poucas Linhas

Eu me formei, mas passei um mês inteiro "não formada".

Depois de ter ventilado o fato aos quatro ventos, descubro que havia cursado a disciplina errada!

Como assim cara pálida? Isso mesmo: A disciplina do "professor reprovador" não servia! Depois de ter virado dias e noites estudando, de arrancar os cabelos de puro desespero, e passar por milagre!- Detalhe, metade da turma ou desistiu ou foi reprovada- Eu teria de passar mais um semestre na faculdade fazendo a disciplina novamente, dessa vez no meu curso.

E agora que acabou mesmo, posso contar em resumidas linhas -caso eu consiga- a batalha que foi terminar essa faculdade.

A solução que me deram foi me matricular na disciplina certa, e priu!

Chorei de novo, me descabelei de novo! E o que é pior, perdi um emprego, pois não pude colar o grau em tempo, e a vaga não ia ficar me esperando.

Depois de um mês, deram um jeito de consertar o erro e me ligaram pra avisar. Foi o maior alívio da minha vida!

Mas o estrago estava feito, cai no maior desânimo. Bateu um cansaço imenso, que só agora me dou conta que é o cansaço de quem acabou de sair de uma guerra.

Nos últimos dois anos não fiz outra coisa a não ser me dedicar pra terminar o curso.
Senti na pele o que é ser um Dhalit, pois o sistema de castas numa universidade pública está ai pra quem quiser conhecer: depois que alguém perde um semestre - ou vários, como eu- o sistema não dá mais prioridade para o cidadão.

Resta se matricular nas vagas que sobram, e nem sempre elas sobram. E ainda viver rezando pra que os horários combinem pra poder cursar o maior número de disciplinas, coisa que quase nunca acontece.

Com todos esse fatores o tempo pra concluir acaba ficando bem maior. Foi o meu caso, pra terminar em dois anos deu trabalho!

E no fim de tudo, ainda ia pagar por um erro que foi apenas trinta por cento meu, que não prestei atenção e confiei nas coordenadoras do curso.

Deu tudo certo. Mas que cansou, cansou.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Pitty (Falou e disse!)




Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se
curam
E essa abstinência uma hora vai passar...


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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Só enriquece quem dá!

Ainda no ócio (que já virou tédio). Mas remoendo a frase acima.


Pensem nisso também.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ócio



Nos primeiros dias essa era a imagem e o sabor do ócio.
Agora, contrariando o Domenico de Masi a falta do que fazer está começando a afetar a minha criatividade.

sábado, 8 de agosto de 2009

Sobre escândalos e acomodação

Eu sei que é chover no molhado, que não adianta reclamar pois tudo vai acabar numa bela pizza etc etc etc...
Mas esse é um blog que se propõe a falar de tudo que todo mundo já falou, portanto eu tenho de meter minha colher, embora esse caldeirão esteja azedo.
A novela Escândalo é a mais longa em exibição na terra brasilis.E de tanto esticar já está chata de tão repetitiva.
Infelizmente,seja a direita, seja a esquerda, o centro ou o lado avesso, todo mundo já cometeu os mesmos erros!
Nada muda, eu sei. E o máximo que se faz em matéria de solução é apontar as falcatruas alheias...
O pior é ver que até quem sofreu na mão da ditadura em nome da democracia e da transparência acabou com o rabo preso.
E o que é pior, o mesmo homem que falou dos 300 picaretas no Congresso Nacional,hoje em dia se omite e prefere fechar os olhos diante da sujeira em nome de uma tal "governabilidade"! Putz! Como diz a menina na novela: é a treva!
E antes que alguém diga que eu sou de direita, vou logo dizendo que sou de esquerda, muito embora hoje, eu não tenha o menor orgulho disso.
Meu sonho acabou e meu mundo caiu quando vi a esquerda chegar ao poder nesse país e seguir os mesmos passos daqueles que criticaram a vida inteira.
Escrevo este post sobretudo pra mim mesma. Explico: De uns dias pra cá venho sentido uma grande inquietação e várias perguntas começaram a se formar e uma delas explodiu agora:
Onde é que estou diante de tudo isso?
Eu respondo: Aqui. Cansada, entediada, chateada, puta da vida mesmo com essa zona toda! Porém sem a menor vontade de fazer alguma coisa. Porque simplesmente estou cansada de nada mudar!
Um dia, faz muito tempo, eu estive na rua protestando e ajudando a colocar um presidente pra fora.
Entre aquela menina e a mulher de hoje algo se perdeu. E agorinha a pouco eu descobri o quê: a capacidade de me indignar.
E agora, que achei minha indignação, posso falar novamente: EU ESTOU INDIGNADA!
E vocês como estão?


Longo

Sim, eu sei que é pra evitar que a galera vá vestida de índio, leia-se pelado, na colação de grau.
Em sendo assim, pelo bem da ordem tem que haver regras. E até ai eu concordo.
Mas entre ter uma certa ordem, e obrigar todas as formandas a irem de vestido longo a diferença é bem grande.
E agora, onde arrumo um longo?
Acho que a saida é ir de curto. Em protesto e por pura falta de grana mesmo.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Seu olhar

E pensar que o homem começou com uma barata chamada Kafka e uma anã paraguaia chamada Adelaide!
Nada melhor que o tempo pra apagar esses "deslizes" da juventude...
Tô ficando velhinha! Eu escutava o Inimigos do Rei e adorava! Afinal, a baratinha tinha a sua graça. Faz tempo...
Hoje em dia o Paulinho Moska é um compositor de primeira!
Acabo gostando de tudo que ele faz.
Essa, é a paixão do momento. Postei aqui pra dividir com vocês.


sábado, 1 de agosto de 2009

Os agradecimentos do TCC





Esse foi o texto mais difícil que já escrevi na vida! Passei um mês tentando e ele só saiu na última meia hora antes de enviar. Agora olhando pra ele, vejo que não ficou tão mal, disse uns 70% do que eu gostaria de dizer, então atingi a média, né?

Resolvi publicar aqui porque o TCC foi entregue pra correção e de lá mesmo pegou o rumo da biblioteca da universidade. E assim também é mais fácil do que ter de enviar pra toda a minha lista de e-mails.

Eu não gosto de citar os nomes nesse espaço pra manter a minha privacidade e a das pessoas também. Só citei os que por terem uma vida pública, podem ser citados.

Ai está! Quem se considerar meu amigo, sinta-se homenageado. Bjsssss



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É sobre-humano amar
'cê sabe muito bem.
É sobre-humano amar, sentir, doer,
Gozar...
Ser feliz!

(...)

É sobre-humano viver,
E como não seria?

(...)

A vida leva e traz,
A vida faz e refaz...
Será que quer achar,
Sua expressão mais simples.


Mais Simples – José Miguel Wisnik


Tomo a liberdade de parafrasear Drummond no Poema de Sete Faces.

Quando eu nasci, um anjo também me disse que eu seria “gauche” na vida.

Na tradução do francês, gauche ( a pronuncia é gouchê) significa esquerdo. Na nossa cultura, esquerdo ou canhoto, é alguém não regular.

E posso afirmar, que em quase tudo nessa vida -com raras exceções- não fui uma pessoa regular.

Esse modo não muito linear, acabou por refletir na minha vida acadêmica. Por motivos outros, foram muitas as interrupções na minha graduação. A vida em certos momentos me fez parar, e seguir por outros caminhos.

No entanto, a paixão por essa profissão foi algo que nunca morreu. Mesmo tendo descoberto outros talentos e aptidões no decorrer da caminhada. Ser Assistente Social é um sonho muito esperado.

Em primeiro lugar agradeço a Deus, por nunca ter me abandonado em todos os desertos que atravessei. Mesmo quando não somos fiéis, Ele permanece fiel. Aleluia!

Entre os "terráqueos", devo começar meus agradecimentos pela professora Mônica Costa, então coordenadora do curso de Serviço Social, por todo o empenho em resolver o meu caso junto a PROACAD.

Agradeço também a professora Sheilla Nadíria, pela paciência, pelo carinho, pelas explicações, que me foram essenciais nesse retorno.

Minha eterna gratidão a Edilce Maria de Freitas, Assistente Social do Hospital Infantil Maria Lucinda, por ter me ensinado os primeiros passos no Serviço Social na Saúde. E nesse segundo momento, agradeço as Assistentes Sociais do HUOC (Hospital Universitário Oswaldo Cruz) pelo imenso aprendizado no decorrer do estágio na Oncologia Pediátrica, em especial as nossas técnicas: Gerlânia Barros e Soraya Cavalcanti.

Agradeço também a Miriam Fialho, Socióloga, que estuda a temática da disseminação do HIV em mulheres, e a Bethânia Cunha, do Programa Estadual de DST/AIDS - PE, por todos os ensinamentos no que diz respeito a prevenção de DSTs e AIDS. Área em que desenvolvo um trabalho de educação em saúde.

Agradeço aos meus pais, por toda a paciência nos meus erros (que não foram poucos) e acertos. À minha avó I* por todo amor e por todas as orações em meu favor.

Aos meus irmãos, sobrinhos, cunhada e cunhados por terem sido meu apoio. Pela torcida, por vibrarem com as minhas conquistas, pela saudade que sentiram de mim enquanto estive longe. E também a todo o restante das famílias: os Gomes e os Calábria, que mesmo não estando próximos fisicamente torcem e vibram com cada conquista minha.

J*, obrigada por ter me dado “a sorte de um amor tranqüilo”. Sua capacidade de amar tende ao infinito. Essa vitória e sua também.

Alessandra e Fernanda- Companheiras na construção desse TCC- vocês foram maravilhosas. Obrigada pela paciência.

Agradeço a Helena Chaves por toda a dedicação e esforço em nos orientar, mesmo com o tempo tão escasso por conta das inúmeras tarefas acumuladas como docente e coordenadora do Curso de Serviço Social.

Costumo dizer que quem tem amigos, nunca está só. Felizmente, estou longe de ser uma pessoa sozinha. Não caberia nesse espaço, caso fosse citar um a um os nomes de todo os que me ajudaram nesse percurso. Portanto meus amigos sintam-se agradecidos.

Pra finalizar, não poderia deixar de agradecer a alguém muito especial, que mais que meu amigo, em muitos momentos foi meu pai e minha mãe: Bento Rezende. Sem a sua ajuda, eu jamais teria chegado aqui. Nós dois sabemos o quanto foi difícil, você mais que todos os outros, por conhecer todos os meus avessos.

Adriana Calábria da Silva