sábado, 22 de outubro de 2011

Paz

Abençoada seja a falta de televisão!
Chego na minha casinha e curto a paz...
E durmo, depois de séculos, o sono dos justos!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Trilhas Sonoras

E eu que nunca fui chegada em Legião, pois era mais pros lados do Paralamas, depois de adulta, me identifico totalmente com o Renato e deixo o Herbert um pouco de lado.

E nessa cidade sem mar, Vento no Litoral me traz tantas lembranças...

E eu que nunca decorei letras, vejo que  elas brotam do inconsciente, completamente completas para o meu espanto!

E elas falam! As letras dão forma ao que sinto.

Paulinho da Viola, que me acompanha desde sempre, me dá de presente Sinal Fechado.

Interpretada por Chico,  me lembra a todo instante da minha correria insana.

E enquanto não encontro o lugar ( no futuro, diz a letra)  meu sono está longe de ser tranquilo.

Ando pela Paulista escutando a voz do Chico: "me perdoe a pressa..."

 Mentalmente, me desculpo pra tanta gente, repetindo baixinho: "me perdoem a pressa..."

E enquanto escrevo essas divagações, o trabalho me espera aqui do lado. Tem de ser feito pra amanhã, e já é quase amanhã.

E como se não bastasse, alguém distante me manda mais uma letra, em inglês.

 As letras falam. E essa, devidamente traduzida, me dá seu recado.

Escuto Esquadros nas minhas viagens. Típica trilha sonora de aeroportos.

Em tom de brincadeira alguém me pergunta: "Vai pra onde mês que vem?" Não acho graça.

Tem um pedaço de mim em cada lugar. Tem pedaços em lugares bem distantes!

Não gosto disso. Estou inteira, mas também em pedaços... Qual a palavra mesmo?

Paradoxo. Achei.

sábado, 2 de julho de 2011

Reflexões

Eu adoro escrever.
Mas por quê tenho escrito tão pouco?
Eu adoro ler.
Mas tem séculos que eu não leio uma linha!
Eu amo cinema.
Tem quase um ano que eu não entro em um...


Conclusão:


Tá na hora de  rever essas prioridades!


                                                      ***


Quase madrugada e eu aqui insone. Essa vida de gente grande tá meio complicada. 
Trabalho, trabalho e mais trabalho!
O mundo tem  passado pelos meus olhos através da tela do computador... e só!
Mas eu fugi da paulicéia e fui ser feliz em Salvador... Por um fim de semana, mas valeu!
Estou feliz no amor. Isso é maravilhoso. Noves fora: a distância!
Eu tô super feliz com meu trabalho. Ele me desafia e me enriquece. Isso é maravilhoso.
E agora tô num desafio novo... 
O saldo tá positivo.
Mas essa semana prometo ir no cinema!
Ps. Eu vi filmes em casa, pelo menos...

domingo, 5 de junho de 2011

Em pleno outono...




Os dias estão frios. Em contraste, este coração aqui está bem aquecido!

Saudades daqui...

Mas meu nome agora é "trabalho". A vida tá corrida e viajada, literalmente!

Em breve, novidades....

sábado, 26 de março de 2011

Ilusão

A proposta era parecia ótima: Viver um dia de cada vez, por um tempo determinado. Só felicidade enquanto o prazo não terminasse.

Não haveria tempo pra  discussões, picuinhas e todas essas coisinhas que fazem os namoros murcharem...

Depois do prazo findo,  um arrumaria sua malinha e bateria as asinhas pra o outro lado do oceano.O outro continuaria a viver sua vidinha em terras brasilis...

E seriam amigos para sempre!

Perfeito.

O tempo passou. E o dia de ir acabou chegando. 

Era preciso desfazer a casa,  arrumar as malas, despedir dos amigos. Quem ia ficar ajudando quem ia partir,  participando ativamente da logística das coisas.

 Depois da partida, apenas amigos novamente, simples assim!

Nem tão simples assim!

 No meio da arrumação, entre caixas e embrulhos, um olha pro outro e pergunta: "cadê o botão, amor?"

O outro responde : Não tô achando, amor!


Ambos procuram o botão desesperadamente.

 Era preciso desligar o botão do amor e religar o botão da amizade antes da partida. Era o combinado, não?

Tiveram que descombinar.

Quem tinha de ir acabou indo. Quem tinha de ficar acabou ficando.

 E o  sentimento continuou existindo mesmo com um oceano de distância.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

"O que tem de ser, tem muita força"


No meu primeiro inverno paulistano li incansavelmente Caio Fernando Abreu. Eu que já era sua leitora antiga, encontrei mais um ponto de identificação: a relação de amor e ódio com São Paulo. Um dia, num dos seus textos, tropecei na frase que dá título a esse post, uma citação de Guimarães Rosa.

 Não planejei São Paulo, mas ela "tinha que ser" na minha vida. No começo odiei o frio, a correria, as distâncias... Mas com o tempo chegaram os motivos pra amar, e foi assim, meio sem querer, que me apaixonei por isso aqui.

E a despeito de eu ter planejado uma estada de um ano - O tempo da pós graduação, apenas - a força do que tinha de ser agiu mais uma vez, e agora me preparo pra ficar por mais tempo, um longo tempo, talvez! Em fevereiro assumo meu primeiro emprego por aqui, que, diga-se de passagem, também é "quase" o primeiro da minha vida.

E pensar que eu sonhava em morar numa cidade de interior, ter uma vidinha lugar comum, trabalhar na saúde, sim, mas num pequeno hospital, nada de muito complicado. De repente me vejo na maior cidade do país e indo trabalhar num dos maiores hospitais da América Latina. A vida - a minha pelo menos - é mesmo uma caixinha de surpresas!