domingo, 29 de março de 2009

Exclusão

Ô Josué eu nunca vi tamanha desgraça
Quanto mais miséria tem, mais urubu ameaça (...)
Da Lama ao Caos - Chico Science


Estudando um tema óbvio: Exclusão social. Para uma matéria também óbvia para um curso como Serviço Social : Questão Social.

No meio da pesquisa, me deparo com algo que até então não me era óbvio, mas que agora é!

Como eu não havia pensado nisso antes, é a pergunta que me faço!

A descoberta: Ricos também são excluidos no Brasil.

Exemplo: No Programa de Saúde Da Família, existe um fator delimitador chamado territorialização, que simplesmente exclui as partes mais urbanizadas dos bairros atendidos.

A lógica utilizada é a de que as famílias mais abastadas não "precisam".

Como assim? E o direito universal à saúde garantido na constituição?

O justo, seria dar a todos o direito de optar! Mas, por onde anda a justiça nesse país mesmo?


sexta-feira, 27 de março de 2009

Amor em toques




Toque 1 : Namorado acorda as seis da manhã, prepara o café da namorada e a leva na faculdade antes das oito. Detalhe: Era dia de folga dele.

Toque 2: Namorado dirige (depois de um dia de trabalho de cão) apenas pra buscar a namorada no estágio. Ela reclama. Fala que não precisa. Ele diz: "claro que precisa, você já pegou um monte de condução. Não custa nada"(!)

Custa. Custa um tempão num trânsito engarrafado, dirigir trinta quilomômetros do trabalho dele até o estágio dela, mais vinte pra deixa-la em casa e mais vinte cinco pra ele voltar pra casa. Custa também esperar um pouco mais pra comer, mesmo não tendo almoçado!

Toque 3: Namorados vão ao cinema. Ela sente frio e pede um café. Ele sai pra comprar e demora mais que o esperado. Quando volta, é sem o café e com uma sacola de compras. Explica:"trouxe algo melhor, o efeito do café ia demorar bem pouco".
Dentro da sacola havia um agasalho.

Toque 4: Namorado troca o teclado do PC, novinho, mas que era bem duro. Apenas porque "ele atrapalhava a inspiração" da namorada.


A lista de toques é bem grande. A namorada lembra de cada um deles. E conclui: o amor reside nos pequenos toques. Justamente naqueles que muitas vezes a gente nem se dá conta!


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Desculpem. Minha inspiração está sem querer tabalhar apesar do teclado novo. Então, só me resta ser comum...

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Trilha sonora de hoje: Ruas de Outono -Ana carolina

quinta-feira, 19 de março de 2009

Pelo direito de sumir


Que atire a primeira pedra aquele que nunca quis tomar um chá de sumiço! Todo mundo por um motivo ou outro, já quis sumir, desaparecer nem que fosse por cinco minutinhos.

Estou me sentindo assim agora com o TCC me tirando o pouco juízo que disponho.

Vejam o exemplo do jogador do grêmio. Ele desapareceu, só que em dois tempos foi achado. E se o objetivo do pobre era sumir mesmo, acabou acontecendo justamente o contrário.

Culpa da tecnologia! Por onde se anda hoje em dia, existe uma câmera indiscreta.

Na rua, no ônibus, no shopping então nem se fala...
A constituição garante o direito de ir e vir. Mas em breve, o direito de desaparecer também vai ter que aparecer.

Eu lembro que antigamente, se falava muito em gente que sumia e nunca mais aparecia.

Hoje em dia isso está ficando mais dificil. Tudo está registrado em algum lugar, mesmo que não se saiba disso.

Perdeu a graça sumir. Afinal, a policia vai procurar sua figura numas fitas e refazer seu caminho em dois tempos.

Sumir, só bolando uma estratégia. E das boas!

Caso se queira sair da cidade, Rodoviária e Aeroporto nem pensar.

Pegar uma carona até pode ser, mas tem que ser disfarçado, tem câmera no pedágio, na estrada... Ufa, eu já desisti!

Sumir perdeu toda a espôntaneidade. Não dá mais pra sair de casa , não voltar, e ir parar em Cochabamba. Êta mundinho sem poesia esse!

Já que é assim, melhor tornar logo o sumiço público (contraditório, no mínimo) mandar um e-mail pra toda a galera e dizer, simplesmente: "Vou sumir por tempo indeterminado, favor não tentar me achar."

E aqui está o meu protesto: Devolvam o direito de sumir!

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Trilha sonora de hoje: Todo Carnaval Tem Seu Fim - Los Hermanos

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PS.: Consegui terminar meus escritos do TCC dessa semana. Por hora, a vontade de sumir, sumiu. Pode ser que ela volte na semana que vem, quando tenho de entregar outra parte.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Eu odeio TCC

Eu ia fazer uma monografia, mas virou um TCC. De última hora me reuni a outras duas meninas e mudei de tema, pra falar de oncologia pediátrica. Até ai tudo bem.

Mas, mesmo tendo um blog lugar comum. Não quero escrever um TCC comum!

Mas por mais que eu fuja da idéia, não tenho muita saida.

E ainda tem a danada da reforma ortográfica pra atrapalhar minha vida. (Será que rimou isso?)

Agora estou aqui no meio da madruga sem conseguir sair do lugar...

quinta-feira, 12 de março de 2009

Sobre amizades e livros

Eu sempre devolvo os livros que pego emprestado. Juro!

Nada de virtude. Apenas detesto que não devolvam os meus. Então dou o exemplo.

Acontece que não sei como, perdi um livro que uma amiga me emprestou.

Acho que essa resposta eu só vou ter no dia do juízo final!

Quando me vir frente a frente com o criador, para dar conta dos meus bons e maus feitos, vou aproveitar a oportunidade ( já que Ele sabe de todas as coisas) e perguntar: Senhor, que fim eu dei no livro da Dani?

A Dani, proprietária do livro é minha amiga de longa data. Em agosto, serão exatos dez anos. Nos conhecemos na faculdade, no primeiro dia de aula e formamos um grupinho muito unido junto com outras três. Ela era falante, dinâmica. Nessa época, eu era o oposto disso tudo. Tímida, calada...

Eu era mais velha, e a única casada, então eram mundos diferentes.

Até o terceiro semestre tudo foi indo bem...

Mas começou um tempo atribulado pra mim. Eu estagiava, administrava a casa e a vida do maridão e ainda havia a faculdade. Eu corria, corria e corria...

Comecei a ficar estressada e doente, e o casamento já indo mal das pernas!

O primeiro casamento a se acabar nessa época, foi o meu com a Dani. Um dia atrasei minha parte num trabalho. Ela me disse umas poucas e boas, eu fiquei calada e fui chorar em casa.

Ainda ficamos nos falando, mas eu fui pra outro grupo. E até eu deixar a faculdade, não fizemos mais nada juntas.

Eu me separei, tranquei a faculdade, casei novamente e abandonei tudo de vez, faltando apenas dois semestres.

A Dani e as outras meninas se formaram, foram trabalhar. Eu na minha vida cigana tinha pouco contato com todos os meus amigos.

Em 2007, quando voltei pra casa, eu e a Dani começamos um novo tempo na amizade.

Ambas, havíamos passado por muitas, nesse meio tempo em que ficamos afastadas.

O tempo foi o melhor amigo da nossa amizade.

Ela, que era dona de todas as verdades, viu que não era bem assim...

Eu, venci boa parte da minha passividade, me apropriei de algumas verdades, e perdi o medo.

Assim, chegamos ao equilíbrio. Mas ainda não haviamos testado isso.

Quando ela me ligou pedindo o livro, fiquei com medo de que a nossa amizade fosse por água a baixo.

A velha Dani não perdoaria. Mesmo que eu quisesse pagar com uma centena de livros.

Pronta pra revidar alguma eventual ofensa, e com a língua bem afiada, liguei pra Dani e confessei o pecado.

Se fosse a velha Adri, aguentaria um eventual baile calada e depois iria chorar na caminha quente.

Mas qual não foi a minha surpresa, não houve piti. Uma Dani muito calma entendeu tuuuudo, e não fez tempestade em copo d'água.

Comprei um livro novo e no outro dia fui entregar.

E assim, continuamos muitíssimo amigas!

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Moral dessa estória:

1- O tempo apara arestas e melhora amizades

2- Melhor não sair de casa com livros emprestados. Assim o perigo de deixar o dito cujo em algum lugar é nulo.

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terça-feira, 10 de março de 2009



"E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!

Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências…


A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.

Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida."

domingo, 8 de março de 2009

Alegria

"Seus olhos meu clarão,

Me guiam dentro da escuridão!

Seus pés me abrem o caminho,

Eu sigo e nunca me sinto só..."

quarta-feira, 4 de março de 2009

Ler pra sonhar

Eu havia me prometido, que nas férias, só leria por prazer. Não cumpri a promessa.

Ultimamente só vinha lendo pra faculdade. Uma tentativa de correr atrás do tempo perdido junto com a necessidade de estudar pros concursos.

Mas uma coisa é ler pra aprender e acumular conhecimento.

Outra coisa bem diferente é ler pra sonhar, viajar nas estórias, nas pessoas, nos lugares...

E eu andava morta de saudade da fantasia!

Ler pra mim sempre foi um prazer imenso. Foi a maneira pela qual eu pude conhecer o mundo, apesar da falta de grana.

Sempre gostei de bibliotecas. Nas escolas onde estudei, acabava amiga dos bibliotecários, e confesso que matei muita aula na vida pra ficar lendo.

Sempre que me vejo a sós com um livro ( coisa que adoro) aproveito pra ficar amiga dos personagens, imaginar os lugares, sentir o que sentem. É mágico! Nada substitui esse prazer pra mim.

Vi as aulas recomeçarem e junto com elas uma centena de textos novos. A monografia, que exige leitura também...

Comecei a ficar triste, e a me perguntar : "E as minhas leituras pra sonhar, onde ficam?"

Tomei uma decisão: Vai ter que sobrar um tempinho pra ler! Entre uma aula e outra, no intervalo do almoço...

Graças ao namorado, que trabalha num banco onde a biblioteca vem até ele, voltei a "ler pra sonhar", já que minhas idas à biblioteca no campus estão corridas e direcionadas.

Estou relendo um livro que adoro: Sem Perdão, do Frederick Forsyth. Uma série de contos de suspense muito legais...

Só não me peçam pra resenhar ou fazer a crítica, pois nisso eu sou péssima.

Mas e vocês, o que leem "pra sonhar"?





domingo, 1 de março de 2009

Depos da Tempestade financeira...




... Deve vir um emprego!

Eu tenho uma conta no banco. Universitária, mas tenho. Me deram crédito, talão de cheques, cartões.
Resultado: Me ferrei!

Agora sem a bolsa do estágio, vieram as taxas e me deixaram no vermelho.
Devo não nego, pago, quando o emprego vier!