1
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
2
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
João Cabral de Melo Neto
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Esse poema fez parte ontem, do discurso de formatura dos alunos do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da UFPE, nos quais, euzinha me incluo. Finalmente, o dia da colação de grau chegou! Nele aconteceram tantas coisas que vale uma crônica, pois ele foi tudo menos comum. Volto depois.
4 comentários:
Pois é como digo sempre esse lugar não é nada comum,rsrsrsr..adoroooooo!!
bjs
Pois é como digo sempre esse lugar não é nada comum,rsrsrsr..adoroooooo!!
bjs
Parabéns pela formatura!!! Fico muito feliz por você, você merece! =)
Sim, galo sozinho não levanta uma manhã. Pensa só ot rabalho que ia dar... Não, sozinho ele não consegue. Mas todos juntos sim. Adorei o poema!
Volte e nos conte tudo!
PARABÉNS!!!!!!!!!
bjos e bom feriado
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