sexta-feira, 18 de abril de 2014

Falando de perseguidas!

Este deveria ser um post sério. Mas vou logo avisando, não será.   Nesse país nada sério, o negócio é rir, pois chorar não vai adiantar mesmo!
A zona começa com o fato de eu precisar ter um convênio médico. Não só eu, mas todo mundo!! Afinal, esse país tem um modelo de saúde que caso funcionasse seria de longe o melhor do mundo.
 Mas explicando meu caso em particular: trabalho no Sistema Único de Saúde, escolhi me pós graduar para trabalhar no saúde pública, e acabo pagando um convênio privado,  absurdamente caro porque sem ele, o LEÃO, aquele CORNO -Ia chamar de veado, mas com essa onda de politicamente correto, ninguém vai levar na brincadeira-  me extorque ainda mais!
 Hoje, (Eu)  essa profissional que se F*** somente 60 horas por semana no SUS. E  não tem tempo pra cuidar da própria saúde, finalmente foi num laboratório mega power do seu convênio fazer uns exames. Sendo mais clara, fui levar a perseguida pra fazer uma revisão. Aqueles exames chatos que  mulher faz...  Mulher vai ao médico que é uma beleza!
Não podemos falar o mesmo da parte masculina dos que estão lendo estas palavrinhas. Homens só vão ver a saúde em caso de (medo da)  morte, PS (Pronto Socorro) como porta de entrada, geralmente. E o pinto? Esse então só é lembrado se deixar de subir...
Mas, voltando.
 Cheguei  lá pra realizar uma colposcopia. Nesse exame o médico examina o colo do útero, a vagina e a vulva com a ajuda de uma lente de aumento para ver se existe alguma alteração, principalmente as causadas pelo vírus HPV.
 Pelo menos era assim no convênio até o ano passado. E continua assim no SUS. Vale salientar!!!
 Pois para minha surpresa, descobri hoje que o exame - no convênio-  agora só contempla o lado interno: Canal vaginal e colo do útero.
 Caso a paciente do convênio queira ver o lado de fora da "minina" precisará de outro pedido de exame...
 Isso mesmo, pessoas: Um exame virou dois.
Fui questionar e a médica me disse com a maior cara de pau:  que-sempre-foi-assim!!!!
Sempre foi assim desde o ano passado, falei pra distinta. E pra provar, mostrei pra dita cuja, o exame feito no ano passado com todas as fotos da minha perereca!
Será a mudança um estímulo para as mulheres irem ainda mais ao médico? Ou será o contrário?
Na dúvida, o jeito é denunciar ao Ministério Público a esperteza.


domingo, 8 de dezembro de 2013

Sexo em Audio

O prédio em que moro é mais um dentre milhares do centrão de sampa. Nada de extraordinário, mas super limpo e organizado, obra da síndica portuga, tão antiga e tão conservada quanto ele.

Aqui mora todo tipo de gente, desde senhores e senhorinhas que devem ter comprado seus apartamentos na planta, até a Lygia, estudante do Mackenzie, dezessete aninhos, que dia desses me aparece na porta pra pedir açúcar e manteiga, talvez achando que sampa é igual a cidadezinha dela.

 Tem a galera gay - coisa que a síndica prefere ignorar- e tem também os jovens casais com bebezinhos.

 A grande maioria morando em kits, que aqui, nem são tão kits assim... A sala é grande, a cozinha separada, tem área de serviço. Super vantagem.

Temos nosso próprio louco, nosso próprio "nóia" sequelado - explico: o cidadão tomou tanta coisa que acabou meio PQ. E por fim,  temos o casal que transa fazendo barulho pra o prédio inteiro escutar. E olha que são dezessete andares!

  Esses, parecem incomodar mais que o louco quando surta. Basta o casal começar o sexo narrado em verso e prosa, pra o povo começar a ameaçar com a polícia.

 Ok, temos crianças, e eu concordo que elas não precisam aprender nada antes da hora.

 Mas não acho que seja esse o principal motivo. O X do incomodo  -ou deveria chamar de ponto G? é o quanto a felicidade alheia incomoda. Pelo visto ( pelo som, melhor dizendo)  o sexo é bom, e dura horas, literalmente.
 E olha, que sexo por horas seguidas é coisa rara. E ainda mais, se tratando de um casal.

E ai, meu povo, que o casal que transa feliz por horas seguidas, tá causando um belo desconforto. O paradoxo: Quando tem briga de outros casais, o ibope é bem menor, e ninguém é solidário chamando a polícia pra apartar as agressões. Vale a máxima que em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher.

Mas no sexo feliz do marido e da mulher em questão, vale meter a colher, mandar parar com a "putaria", chamar a polícia...

Esse prédio aqui tá longe de ser um convento. Muito pelo contrário. O movimento é grande e uma boa parte se diverte bem. Mas em silencio.  Talvez, penso eu com meus botões, o sexo da maioria além de ser sem som, dure apenas uns minutinhos, e os orgasmos sejam protocolares. Nem de longe tão felizes quanto os dos vizinhos. E é ai que o bicho pega... Ouvir o som, faz pensar, faz invejar, faz perceber que a vida não anda tão feliz, nem tão animada... Melhor calar as vozes pra não ter que pensar no seu mundinho cinza, bem longe dos "cento" e cinquenta tons de cinza do casal feliz...

Antes que me perguntem se eu também invejo, eu respondo: invejo.  Eu também quero sexo animado, com alguém que eu chame de meu, e que dure horas literais, Mas também torço pela felicidade alheia, não me importo com o barulho em absoluto, deito e durmo. O barulho do trânsito, esse sim incomoda. E só perdi o sono por eles pra escrever esse post, pois houve uma verdadeira comoção agora à pouco. Assim, resolvi fazer meu manifesto escrito em defesa da felicidade alheia...

Até...

sábado, 22 de outubro de 2011

Paz

Abençoada seja a falta de televisão!
Chego na minha casinha e curto a paz...
E durmo, depois de séculos, o sono dos justos!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Trilhas Sonoras

E eu que nunca fui chegada em Legião, pois era mais pros lados do Paralamas, depois de adulta, me identifico totalmente com o Renato e deixo o Herbert um pouco de lado.

E nessa cidade sem mar, Vento no Litoral me traz tantas lembranças...

E eu que nunca decorei letras, vejo que  elas brotam do inconsciente, completamente completas para o meu espanto!

E elas falam! As letras dão forma ao que sinto.

Paulinho da Viola, que me acompanha desde sempre, me dá de presente Sinal Fechado.

Interpretada por Chico,  me lembra a todo instante da minha correria insana.

E enquanto não encontro o lugar ( no futuro, diz a letra)  meu sono está longe de ser tranquilo.

Ando pela Paulista escutando a voz do Chico: "me perdoe a pressa..."

 Mentalmente, me desculpo pra tanta gente, repetindo baixinho: "me perdoem a pressa..."

E enquanto escrevo essas divagações, o trabalho me espera aqui do lado. Tem de ser feito pra amanhã, e já é quase amanhã.

E como se não bastasse, alguém distante me manda mais uma letra, em inglês.

 As letras falam. E essa, devidamente traduzida, me dá seu recado.

Escuto Esquadros nas minhas viagens. Típica trilha sonora de aeroportos.

Em tom de brincadeira alguém me pergunta: "Vai pra onde mês que vem?" Não acho graça.

Tem um pedaço de mim em cada lugar. Tem pedaços em lugares bem distantes!

Não gosto disso. Estou inteira, mas também em pedaços... Qual a palavra mesmo?

Paradoxo. Achei.

sábado, 2 de julho de 2011

Reflexões

Eu adoro escrever.
Mas por quê tenho escrito tão pouco?
Eu adoro ler.
Mas tem séculos que eu não leio uma linha!
Eu amo cinema.
Tem quase um ano que eu não entro em um...


Conclusão:


Tá na hora de  rever essas prioridades!


                                                      ***


Quase madrugada e eu aqui insone. Essa vida de gente grande tá meio complicada. 
Trabalho, trabalho e mais trabalho!
O mundo tem  passado pelos meus olhos através da tela do computador... e só!
Mas eu fugi da paulicéia e fui ser feliz em Salvador... Por um fim de semana, mas valeu!
Estou feliz no amor. Isso é maravilhoso. Noves fora: a distância!
Eu tô super feliz com meu trabalho. Ele me desafia e me enriquece. Isso é maravilhoso.
E agora tô num desafio novo... 
O saldo tá positivo.
Mas essa semana prometo ir no cinema!
Ps. Eu vi filmes em casa, pelo menos...

domingo, 5 de junho de 2011

Em pleno outono...




Os dias estão frios. Em contraste, este coração aqui está bem aquecido!

Saudades daqui...

Mas meu nome agora é "trabalho". A vida tá corrida e viajada, literalmente!

Em breve, novidades....

sábado, 26 de março de 2011

Ilusão

A proposta era parecia ótima: Viver um dia de cada vez, por um tempo determinado. Só felicidade enquanto o prazo não terminasse.

Não haveria tempo pra  discussões, picuinhas e todas essas coisinhas que fazem os namoros murcharem...

Depois do prazo findo,  um arrumaria sua malinha e bateria as asinhas pra o outro lado do oceano.O outro continuaria a viver sua vidinha em terras brasilis...

E seriam amigos para sempre!

Perfeito.

O tempo passou. E o dia de ir acabou chegando. 

Era preciso desfazer a casa,  arrumar as malas, despedir dos amigos. Quem ia ficar ajudando quem ia partir,  participando ativamente da logística das coisas.

 Depois da partida, apenas amigos novamente, simples assim!

Nem tão simples assim!

 No meio da arrumação, entre caixas e embrulhos, um olha pro outro e pergunta: "cadê o botão, amor?"

O outro responde : Não tô achando, amor!


Ambos procuram o botão desesperadamente.

 Era preciso desligar o botão do amor e religar o botão da amizade antes da partida. Era o combinado, não?

Tiveram que descombinar.

Quem tinha de ir acabou indo. Quem tinha de ficar acabou ficando.

 E o  sentimento continuou existindo mesmo com um oceano de distância.